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Primavera BSS autonomiza Valukeep com ambições globais

Publicado em 18 Outubro 2016 por Cristina A. Ferreira - Ntech.news | 1394 Visualizações

A Primavera BSS acaba de concretizar mais um spin-off. O norte da Europa é um dos primeiros grandes alvos da nova empresa de soluções de software para gestão e manutenção de ativos, admite Jorge Batista, CO-CEO da Primavera BSS.

Com um investimento inicial de 1,6 milhões de euros, o novo negócio autonomiza uma área que a fabricante portuguesa de software explora há cerca de duas décadas através da solução Valuekeep, que dá agora nome ao spin-off e que suporta projetos no domínio da indústria, saúde, transportes, construção, Administração Pública e energia. Na lista de clientes estão nomes como a Iberdrola, Plafesa ou Casa da Música.

A nova empresa arranca com uma equipa de 10 pessoas, mas a expectativa é duplicar este número nos próximos três anos, adiantou ao Ntech.news Jorge Batista. «O crescimento será feito de forma sustentada, com a incorporação de novas pessoas com perfis ajustados à atividade de suporte à expansão internacional e ao crescimento esperado de clientes», acrescenta o responsável.

O grande objetivo é conquistar espaço a nível global no mercado de software de gestão de ativos, até 2020. Trata-se de um mercado com um potencial de crescimento elevado – 9,6% até 2019, de acordo com estimativas da MarketsandMarkets.

Nos próximos quatro anos, a Valuekeep vai investir cinco milhões de euros em investigação e desenvolvimento e na abordagem aos mercados internacionais, onde pretende privilegiar não apenas as geografias onde a Primavera BSS já está presente, mas também o norte da Europa, a América Latina e os Estados Unidos.

«Vamos apostar em mercados maduros do norte da Europa, com especial enfoque no Reino Unido. Relativamente a mercados nos quais a Primavera já opera, identificamos oportunidades de crescimento na área de gestão de ativos em Espanha, nos Emirados Árabes Unidos e na América Latina», detalha Jorge Batista. A abordagem aos Estados Unidos será feita só depois da presença nestes mercados estar consolidada.

A solução que centra o negócio da Valuekeep é um produto cloud com três configurações distintas, direcionadas a níveis de necessidade diferentes. A aposta na mobilidade é uma das tónicas, garantindo o acesso a «aplicações que facilitam o registo de novos ativos e o report do trabalho a partir de equipamentos móveis».

No investimento em I&D previsto para os próximos quatro anos esta área da mobilidade é precisamente um dos destaques, garante Jorge Batista, que junta mais uma meta: «pretendemos inovar e apresentar soluções disruptivas ao mercado de gestão de ativos, dando resposta a conceitos como realidade aumentada e indústria 4.0».

Para já, a sede da Valuekeep está em Portugal, mas a prazo a Primavera admite a possibilidade de a transferir para uma geografia mais estratégica. O centro de desenvolvimento de software será para manter no país «pela qualidade e massa crítica dos nossos engenheiros de software», garante o gestor.

Recorde-se que em abril deste ano a Primavera anunciou outro spin-off, para explorar oportunidades de negócio na Administração Pública. Fê-lo a pensar no novo sistema contabilístico que os organismos públicos portugueses terão de adotar a partir de 2017, mas também nos mercados onde o grupo já garante presença com o seu software de gestão. Antes disso já tinha autonomizado outras áreas de negócio.

 

 


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Negócios

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