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Transformação digital não é opcional para as organizações

Publicado em 28 Agosto 2018 por Claudia Sargento | 3458 Visualizações

Engana-se quem pensa que a transformação digital é algo do futuro. Ela está já a acontecer, devendo ser encarada pelas organizações como algo obrigatório, e não opcional.

A ideia é defendida por Nuno Tiago Pereira, CEO da WorldIT – Consulting Services que, em entrevista ao Ntech.news, aludiu ainda a algumas das melhores práticas a seguir neste campo e explicou o papel que a sua empresa pode desempenhar, ajudando os clientes a entrarem na era digital.

 

Ntech.news – Como olham para a questão da transformação digital?

Nuno Tiago Pereira – A transformação digital já está a acontecer. É um processo de mudança e adaptação de todas as organizações, privadas ou públicas, independentemente da sua dimensão. É preciso lembrar que a transformação digital é um processo despoletado pela necessidade e exigência dos clientes, não sendo “opcional” para as organizações. Por isso, quanto mais rápido se definirem as estratégias de adaptação aos novos modelos, maior a probabilidade de estas serem fator de sucesso para as empresas.

Na WorldIT vemos este processo como uma excelente oportunidade. Temos a ambição, enquanto parceiros tecnológicos, de apoiar os nossos clientes no seu crescimento ajudando-os a adaptar e otimizar processos de negócio, a caracterizar ações a executar e, finalmente, a garantir a sua implementação pela via tecnológica.

Quais são, no Vosso entender, as questões chave associadas à transformação digital?

NTP – Antes de mais, os responsáveis devem reconhecer que a transformação está a acontecer, os seus concorrentes estão também eles a adaptar-se, e que é urgente definir novas estratégias, procedimentos e culturas baseadas no digital. A abordagem agora deve ser mais intuitiva, automatizada, segura, aberta e em tempo real. É aqui que entram os parceiros tecnológicos, como a WorldIT, capazes de identificar e implementar as soluções tecnológicas mais adequadas a cada modelo de negócio.

Quais os “do” e “dont” a que uma empresa, que enverede por este caminho, deve estar atenta?

NTP – Como “Do”, o empenho generalizado dentro das organizações é determinante. Mas deve envolver todos os atores. Claro que os decisores devem ter a visão, mas todos os intervenientes devem estar envolvidos e empenhados em garantir o sucesso das ações. Definitivamente como “dont”, vejo o tema da baixa prioridade atribuída à transformação digital e de ainda existirem decisores que acreditam que a falta de ação não trará consequências no futuro.

Uma transformação que chega a todos

Acreditam que a transformação digital é indicada para todo o tipo de empresas, independentemente da dimensão e/ou sector de atividade?

NTP – Sem dúvida. Do mesmo modo que há algumas décadas não seria razoável pensar que uma empresa – independentemente da dimensão ou atividade – poderia operar sem comunicações telefónicas, também a transformação digital é necessária para garantir a operação e crescimento de qualquer empresa. Claro que as estratégias definidas para esta otimização irão variar de acordo com a tipologia de cada uma.

Existe muito a ideia de que transformação digital é apenas tecnologia. São dessa opinião?

NTP – Claramente não é um problema só de tecnologia, até porque a tecnologia já existe, está mais disponível e vai evoluindo. Mais importante é a ação. O desafio passa por ter decisores conscientes da necessidade de mudança e da adaptação às novas necessidades. A capacidade de saber liderar e orientar as transformações em curso é determinante para se atingir o sucesso. As ferramentas tecnológicas são “apenas” o meio para se atingir um determinado objetivo.

As empresas portuguesas já estão no caminho da transformação digital ou este é um processo ainda a começar?

NTP – Já existe um caminho percorrido por muitas empresas, mas é um processo ainda no início e há, para muitas organizações, ainda muito trabalho pela frente. Os indicadores europeus dão conta disso mesmo. Por exemplo, no final de 2017, Portugal estava posicionado em 15º lugar, entre 29 países analisados, de acordo com o relatório do EDPR (Europe’s Digital Progress Report) – que avalia 5 indicadores: conectividade, capital humano, utilização de internet, integração de tecnologia digital e serviços públicos digitais. É uma boa posição, mas com muito espaço de melhoria.

O papel da WorldIT

Qual a vossa oferta de serviços neste campo e como se estrutura?

NTP – A WorldIT trabalha com clientes com diferentes perfis, numa abordagem de consultoria e implementação de soluções tecnológicas. A nossa oferta e experiência encontra-se alicerçada na construção e adaptação de soluções de CRM e marketing na cloud e/ou on-premises, na construção de portais e aplicações mobile para integração de serviços e canais. As nossas equipas prestam também serviços na área de telefonia e CTI, BI e soluções baseadas em Java e .NET.

As nossas soluções de negócio para a adaptação ao digital passam também pelo design thinking, consultoria e desenvolvimento, até à análise e realimentação de resultados nos projetos, e naturalmente, o suporte permanente. Um acompanhamento que poderá ser em regime de outsourcing ou através dos nossos centros de competência em Lisboa e Vila Real.

Qual a importância desta área no Vosso negócio?

NTP –  A nossa área de especialização – CRM, Marketing e canais (portais e mobile)  – está intrinsecamente associada à transformação digital. Garantir que as organizações e os seus clientes interagem com as ferramentas certas e nos canais tecnológicos adequados são o foco do nosso trabalho de consultoria e implementação.

De que outras formas a empresa aborda o mercado?

NTP – É no know-how técnico das nossas equipas que se traduz a nossa capacidade de oferecer soluções de consultoria com verdadeiro valor para os nossos clientes. Mantemos igualmente parcerias com os melhores fornecedores tecnológicos, o que nos permite acompanhar/oferecer soluções de grande qualidade, bem como disponibilizar produtos complexos e de grande valor técnico.

Como tem vindo a evoluir o vosso negócio nos últimos anos fiscais?

NTP – Na última década, a WorldIT apresenta um crescimento médio anual do volume de negócios de cerca de 20%. Embora não sendo diretamente proporcional, o número de colaboradores também tem crescido de forma consistente, o que nos permite ter alguma flexibilidade e reforçar a aposta em projetos de I&D.

Como perspetivam o atual ano fiscal e quanto contam crescer?

NTP – A nossa expetativa, apesar dos desafios que o mercado apresenta atualmente, é de um crescimento em linha com os últimos anos. Naturalmente, e seguindo as tendências mais recentes, acreditamos que o CRM na cloud, bem como o segmento de mobile e portais com integrações e automatismos complexos, irão manter-se como o principal motor deste crescimento.

Com quantos clientes contam atualmente em Portugal e em que setores?

NPC –  Em Portugal temos atualmente cerca de 30 clientes ativos, nos mais diversos setores de atividade: da área financeira às telcos, passando pela publicidade, educação, saúde, desporto e setor publico (a nível central e municipal). Em paralelo, cerca de 40% da nossa faturação tem origem em clientes além-fronteiras. Uma mais-valia que se traduz em experiência e know-how adquiridos já que a transformação digital em alguns desses países, já se encontra em velocidade cruzeiro. Se é que podemos falar em “velocidade cruzeiro” quando o tema é “transformação digital”…


Publicado em:

Na Primeira Pessoa

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